Frapé Barro de Bisalhães

Sempre admirei as peças de barro de Bisalhães: Barro negro, um tanto ou quanto tosco, poroso. Peças lindas na sua simplicidade. Preciosas e complexas por todo o trabalho duro, sabedoria e técnica que requerem.

Posso contar-vos a história que já conhecem, uma história tantas vezes contada:

A história da arte popular e dos seus autores, que ficam para trás nesta marcha da cultura massificada, da tecnologia, do avanço e da modernidade. Podemos falar sobre a importância da arte popular, que integra as artes e os ofícios e de como tudo isto é de extrema importância para a diferenciação cultural num mundo cada vez mais globalizado e uniformizado. Podemos falar da urgência em manter e acentuar as especificidades regionais.
Posso contar que eram muitos os oleiros que faziam desta arte a sua vida e sustento. Antes, pelo menos desde o século XVI, eram muitos, talvez centenas, hoje são cerca de 6 os que se dedicam à produção destes artefactos (do latim arte factu-, «feito com arte»)
Podemos falar sobre o valor de tudo isto, mas o que importa é a acção.

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