Sempre admirei as peças de barro de Bisalhães: Barro negro, um tanto ou quanto tosco, poroso. Peças lindas na sua simplicidade. Preciosas e complexas por todo o trabalho duro, sabedoria e técnica que requerem.

Posso contar-vos a história que já conhecem, uma história tantas vezes contada:

A história da arte popular e dos seus autores, que ficam para trás nesta marcha da cultura massificada, da tecnologia, do avanço e da modernidade. Podemos falar sobre a importância da arte popular, que integra as artes e os ofícios e de como tudo isto é de extrema importância para a diferenciação cultural num mundo cada vez mais globalizado e uniformizado. Podemos falar da urgência em manter e acentuar as especificidades regionais.
Posso contar que eram muitos os oleiros que faziam desta arte a sua vida e sustento. Antes, pelo menos desde o século XVI, eram muitos, talvez centenas, hoje são cerca de 6 os que se dedicam à produção destes artefactos (do latim arte factu-, «feito com arte»)
Podemos falar sobre o valor de tudo isto, mas o que importa é a acção.

 

Henrique Varela, desenhador-projectista, de origem duriense (sendo o pai e avós paternos naturais de Vila Seca de Poiares), decidiu pôr mãos à obra.
Quando surgiu a ideia da criação de uma peça que representasse as regiões Transmontana e Duriense e colocando sobre a mesa todas as possibilidades semânticas e vasto leque de opções que dispunha, nada lhe pareceu mais natural que seguir estes elementos directores: o Barro Negro de Bisalhães – certificado, e que passou através de publicação em Diário da República, a fazer parte do Inventário Nacional do Património Cultural e Imaterial (INPCI). – e o Douro, a vinha e o vinho – Douro Património da Humanidade – primeira Região Vitivinícola Demarcada do Mundo.

E assim, tendo como base com os referidos elementos, desenhou o Frapé de Barro de Bisalhães.
Foi o Oleiro Jorge Ramalho, que através dos desenhos modelou a peça. Foram necessárias várias experiências até chegar ao produto final. Jorge Ramalho é o mais novo dos oleiros que ainda mantêm este ofício, filho do Mestre Oleiro Ramalho, que é um precioso conselheiro.

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Mestre Oleiro Ramalho

Mestre Oleiro Ramalho

O Frapé, a cuspideira e os copos são executados e modelados em Barro preto de Bisalhães. A base do Frapé é protegida com cortiça portuguesa. É uma peça moderna e bastante prática.

Desenho Peça Frapé de Barro de Bisalhães: Henrique Varela

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Frapé com Gelo

Frapé Barro de Bisalhães

Frapé Barro de Bisalhães

Tem várias opções: Encaixe para 2, 4, 6 ou 8 copos. Pode funcionar também como cuspideira para provas de vinho.

Existem também duas variações de copos de vinho, feitos em barro. Os copos de desenho mais clássico são lindíssimos. Imagino-os numa mesa de reis, na época medieval.
A peça também permite o encaixe de copos de vidro, para quem preferir.

Copo barro de Bisalhães

Copo em Barro Negro

Copos Desenho “Clássico”

Desenho Moderno Copo Moderno

Copo desenho “Moderno” para Branco e para Tinto

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Encaixe para Copo de Vidro

Encaixe para Copos de Vidro

IGAC – Inspeção – Geral das Actividades Culturais. Registo de obra nº 3856/2015

Estas peças estão à venda:
Na Loja Olaria Ramalho, Avenida da Noruega, Vila Real
Email: frapebarrobisalhaes@gmail.com

E na loja Tinta Barroca, aqui.

Olaria Barro de Bisalhães

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